7.2.10



Sempre me pergunto sem esperar respostas, nem mesmo as mais claras. Caminhando sobre o enredo destes tempos ditos tolos, jogo foro verbos e reconstruo templos em nome de todos os nossos velhos jogos.

Perco-me ao me encontrar e me encontro no meio de tudo o quanto vejo e sinto, sabendo ser de mim mais do que ansiariam as almas com gosto de nuvem, ser como gostariam.
Conceitos, verdades e opiniões, tantas vezes rechaçadas. Tantas trajadas por justa mortalha.

Receios transformados em preconceitos e novos conceitos combinando hipocrisia e adoração aos santos que, aos saltos, tentam tomar-me de assalto – mesmo tantos.

Claramente minha visão se torna mais limpa ao concentrar esforços de ínfima proporção em serviço dos sonhos que enxergo sem olhar.

Ainda não sou claro em meu bom mundo. Sou fera num mundo de ternura, sem deixar de me sentir doce em meio às formigas.

O que julgas me enternece, mas passa. Como tudo, nada digiro.

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