Quando pensei em focar o “SegundoSentido” à assuntos musicais, sabia que seria uma missão complicada, visto que opiniões e gostos na música assim como na vida em geral, trazem conflitos e discussões. Ponderei, porém, que além de conflitos e discussões, pode ser a oportunidade de também gerar o bom debate e o amadurecimento de pontos de vista (inclusive e principalmente, desse que vos escreve)
Certa feita, escrevi algo a respeito do que penso sobre qualidade musical x gosto musical - que na minha visão têm diferenças essenciais - e recebi um comentário muito valoroso que me lançou o olhar para algo que sabia que estava lá, mas não soube manifestar de forma clara. O que tento fazer nesse texto.
Veja bem, acredito que a manifestação cultural "música", deve ser de qualidade, deve ser bem produzida, “talhada” e esculpida, mas essa qualidade, que não se trata de um atributo da criatividade ou do lirismo, não pode ser confundida nem ditada, como restrição à qualquer forma de expressão sonora.
Por exemplo, conheço Forrós bem feitos, caprichosos e forró meia boca, feitos por fazer, da mesma forma como o gênero musical virtuoso por si, a MPB, têm seus veios displicentes e desajeitados.
Ainda escreverei algo sobre a música como manifestação cultural e a música como entretenimento que aí sim, parafraseando Rita Lee e Roberto de Carvalho, falaremos sobre o que é luxo e o que é lixo, e veremos que nem sempre a ordem para essas definições é “Luxo = bom” e “Lixo=Ruim”. Teremos muito pano pra manga (risos).
Gostaria ainda de me desculpar pelas ausências sistemáticas, que ocorreram por motivos técnicos (do blog) e operacionais (desse “pseudo-escrevedor”).
Acabou o feriado, mas logo têm outro, mantenham a calma.
Abraços e um “Valeu!” de coração por escolherem esse SegundoSentido.
BG.
Um comentário:
E dá-lhe pano pra manga!! Adoro esse assunto! É uma discussão bacana e inexaurível!
Bjs!
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