12.9.11

Gana



Depois disso foram horas, depois disso foram muitos
O Trem partiria às 09:00
Era um tempo perdido, espera é caminho seco sem guias, espera é saudade é melancolia
Tudo o que corremos tanto pra conseguir escapar
é tão comum no nosso tempo, esquecermos de sentir.
Sentir, que palavra capciosa, traiçoeira, abençoada, passageira
é isso, todos passageiros de sentimentos insensatos, guiados por referência cifradas de gigantes ausentes
Li-te-ra-tura, tatua na testa a palavra que vira sua, pega pra você e rasga
Faz um T-rex de Papier Machê
Sentimento, tudo o que sempre encontrei nessa loja chamada literatura
Tudo pedaleira de linguagem timbrando sentimentos que vivem nascendo sem pedir desculpas
Substituem uns aos outros, transferem-se entre eles e se misturam em sentidos dissonantes
Feras, pássaros estranhos, predadores, homens das cavernas, celenterados, peixes abissais
Linguagem em uma nota só, mas bem acompanhada.
De repente pararia anteriormente, mas agora é diferente, sente?
Sempre fio você que nunca viu
Agora que se acostumou a enxergar no alto claro, vês melhor o baixo clero, percebe que faltou tolerância
Com seus jeitos especiais, suas manias espirituais e estripulias existenciais
 Quero é palavra forte, nome de música terna
Bexiga cheia de sopro, malte da cor da retina
Olhando sinuosa sina
Melado é o aro dos versos
Sem terço destraio uma rima
De resto trinar retrocessos

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