Robôs sabem linguagem e aplicam regras gramaticais, mas ainda desconhecem o significado da linguagem.

A frase título advém do 'Argumento do quarto chinês', do filósofo professor da universidade da Califórnia, Berkley, John Searle.

Se trata do principal argumento contra a possibilidade real da inteligência artificial. Claro, não é pacífico, existem fortes linhas contrárias.

O raciocínio é um bem gratuito, não há necessidade de nada para se raciocinar, simplesmente acontece e raciocínio é linguagem.

O que se pode fazer é amparar-se através da vivência e da leitura com mecanismos de raciocínio mais eficientes para a finalidade específica da vida particular de cada um.

O principal contra argumento a meu ver, é que o ser humano, em si,  muitas vezes se utiliza da linguagem da mesma forma que o Prof. Searle 'acusa' os robôs.

Falar de linguagem é sempre um transtorno, porque é como musicar musica ou dançar dança. São loopings dentro de loopings correlacionados entre si, aonde o sujeito sai de si e analisa a si mesmo dentro da linguagem analisando a linguagem em que esta, que por fim é a mesma que esta utilizando.

Porém é um exercício divertido e saudável

Mas voltemos à linha.

 Muitos de nos, talvez conheçamos pessoas que utilizem da linguagem automaticamente e aposto que por vezes todos agimos assim sem perceber ou percebendo e não se incomodando.

Hoje somos tarados pelos significados, queremos a síntese, o resumo, o manual da vida em frases picotadas fora de contexto.

A música é linguagem, ela nunca começou, nunca pausou e nunca terminou, sempre manuseada de forma  a mostrar, delinear, temperar e colorir o preto e branco asfalto do bruto, amargo e torto cotidiano.

Arte é de quem grita, de quem clama e de quem quem ama e proclama.

O importante é que quem quer dizer, mais do que saber dizer, tem que ter certeza da justiça, beleza e compreender que pra cada ação isolada existe um nexo consequente, pois como escrevi noutro post, a palavra é uma entidade de efeito, a vida se projeta nela, se a flecha vai pra cima, as maiores chances são de que ela caia no topo da cabeça de quem jogou, pois quem joga flecha pra cima, sempre se esquece.


Cest les Karma Flics!

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