17.5.10

Nota de alerta: Este é um post expressamente pretensioso, assim como todo este blog e obviamente seu autor.



    "Só com amor, cuidado e ternura é possível se colar as diferenças no mosaico da humanidade" Anônimo.


Terei que fazer como meus ancestrais programaram em minha carga genética, serei eu a origem de meus passos? Não. Simples assim, não sou.

Quem sou? Estou em construção em eterna fase beta, sabe, tijolo por tijolo, enquanto o parceiro que devia estar construindo ri de sua forma de colocar o seu tijolo?

Escrevo em tópicos por torpeza, me falta conjectura, me falta conhecimento prático e teórico ao que faço. Sou uma amostra do que quero ser, sabe isso parece soar certo,bonito ensaiado, mas não é, pensei agora parceiro. Sou assim, me desculpo só quando estou certo.

Não posso ser o que você quer ser, não quero, principalmente, não sei quem é você, não sei quem são vocês e, provavelmente você, assim como eu, não faz a menor idéia de quem seja, mas a nossa diferença, pancho, é que eu quero saber quem sou. (uso vírgulas como me convém)

Posso fazer o que você pensa, ou não, depende da coincidência de meu caminho com sua expectativa, nunca vai ser por causa disso ou daquilo, mas sim paralelamente, entende, não? Não se preocupe, tão pouco eu.

Nietzsche (tipo, ultimamente tenho me sentido culpado por citar meus mestres, mas não por isso pararei de fazê-lo, chamo isso de honestidade intelectual) iniciou sua carreira como pensador, através de sua profissão que era iminentemente técnica, filologia, que consiste em síntese, no estudo de civilizações antigas por meio de seus registros, documentos, sua arte remanescente, enfim resíduos de civilizações. Ao que ele descobriu, talvez ali, o pensamento humano, a soberania das artes sobre o homem e principalmente, a capacidade de evolução do pensamento. Citava e seguia de perto, Wagner e Schopenhauer, tendo-os como mestres assumidos, citando-os constrangedoramente sem nenhum constrangimento.

Fez isso em pelo menos duas de suas primeiras obras (pesquise e leia). A partir do livro cuja personagem central se chama Zaratustra, Niezsche se liberta de suas fontes primárias e passa a desenvolver linhas alternativas de pensamento, se afastando claramente de tudo o que já havia sido pensado até então. (Essa é a minha visão do autor, compartilhada por minoritária parte dos seus, ditos, seguidores) inclusive de seus 'confessados' mestres.

Inicia assim seu único pensamento, sua singularidade marca a existência de uma batida individual que soa mais firme que a usual e integra, limita, define e eleva as qualidades da arte e do coração, permeando firme o medo da realidade punitiva e vingativa das pessoas que se deixam empalidecer e desejam ver empalidecimentos por sofrimento.

Cito por seguir, sou por pensar como e daí pra minha construção pessoal, o que você já fez na vida, quais experiência se proporcionou, quantos erros já cometeu? Eu certamente vários, assim como já fui vários e me orgulho de poder ter sido e de ainda ser o que quiser é um merecimento e uma responsabilidade existencial que sei e assumo. 

Sou em camadas, em cadeia, penso assim, vivo assim, ajo assim, faço como posso e quero como quero. Se me quebro, me colo, se não dá vou aos pedaços se for o fim, a justiça não falhou.

Não se arvore em estar certo, certamente não está em tudo e certamente está em algo, mas não importa, acredite em mim, realmente não importa mesmo.

Quantas coisas só existiram somente porque algumas pessoas não temeram as pedras, nem as perdas. 

O que importa ao certo e quem quiser que pense sobre, é a honestidade existencial, ou seja, não perca tempo se justificando, se lamentando e muito menos censurando e direcionando o alheio, invista seu tempo em ser uma nova melhor pessoa sempre, enfrentando os velhos problemas.

O amor não é uma brincadeira de fazer beleza, isso é a lírica da vida. O amor fraternal é arte pra gente grande. Vamos crescer? 
Vamos amar? 
Vamos fazer arte? 
Qual? 

A sua, a minha, a dele, a dela e daquele, tudo ao seu tempo, tudo pra ser bom, pensado e cuidado, cuidado e cuidado. Zelo não é medo, é cuidado, cuidado e cuidado.

"primeiro é preciso viver que é pra depois poetar" Ednardo, cantor popular

"Não vou me deixar embrutecer, eu acredito nos meus ideais, podem até maltratar meu coração, mas meu espírito ninguém vai conseguir quebrar" Renato Russo, cantor popular

Com amor, 
bg, músico popular (a final de contas não sou erudito)

2 comentários:

Tiago Éric de Abreu disse...

visceral, pulsante, humano demasiado humano, como o expressionismo do leve grito das cordas da tua guitarra sem corpo, reverberando nos quatro cantos do mudo!

Tatiares disse...

forte emanar de pensamentos coerentes ao viver além do pesar, a exaltar atitudes ternas e embelezar a vida com a busca constante pelo viver-poetar!

belo post!

também com amor,

Tati