27.7.11

O importante é tentar, ferinha!

                                                                                 Fica sussa que tu tem tempo, Ferinha!


Ferinha tinha olhos pro lado, divididos em membranas descoladas porque caiu da mangueira quando criança, tinha um papo de ouro, güela doirada, cantava a passarada num assossego que era de dar nol

Seguia passos e nem sabia, caminhava sobre a trilha dos que ele apedrejava, schizoprenic issues of a troubled mind

Mind, mas mente, sente que nem sense-o-real

Discaradamente chupava os favos escondidos de noite na feira pra ver o peso da grota cigana

Chegava perto mas queria correr, pra que olho na sua fechadura e depois corro pra noticiar o que vi de forma a angariar a simpatia dos que como eu, riem de sua capacidade de cair e se levantar com flores nas manos, gente santa chicoteando pobres pecadores.

Entendo seus grilos, mas olha ai ferinha, comia todos eles com fanta uva sem bolhas e depois te contava as verdades pinoquiais.

Falantes, somente os grilos

Cantando é como te digo.

Num quer nem chega.

Ferinha.

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