15.3.08

O poder da leveza do sentir.


por Tatiana Vilarinho Franco.


De todos os sentimentos existentes, gosto dos mais verdadeiros, daqueles que vêm primeiro, junto com o frio no estômago. Mas, sabe-se que este frio vem do calor do sentir, do sentir perto, sentir longe ou sentir querência dos sentidos.

Às vezes, nas conversas com o universo, pergunto aos deuses como é o não sentir, como é o não desejar ou o não querer. Um dia eles disseram algo interessante. Disseram ser isso invenção humana, que no fundo não existe. Perguntava-se como, como não existe? Se se sente, é claro que existe! Nós, humanos, criamos o sentir, o desejar, o querer, o querer bem, o querer de qualquer jeito! Mas, também pensei no quanto esse sentir era colocado de lado, era abafado, era desprezado, era levado na graça ou não sentido... Não sentido por nós, os seres criadores do sentir que ignoram o sentir de verdade.

Talvez isso fosse influência dos deuses, os deuses que já não sentiam nada! E fiquei meio de mal de todos os deuses por acreditar que eles se colocavam num nível existencial à cima do nosso, já eram a nadificação do próprio ser.
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